quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Memória de Alfabetização

MEMÓRIAS SIGNIFICANTES PARA CONSTRUÇÃO DO MEU PRESENTE



Dando início a esse relato de memórias, apesar de não me lembra muito do meu processo de aprendizagem, vou estar pontuando algumas coisas, acredito que me fez ser quem eu sou hoje. Ler e escrever para mim teve grande significado, transmitindo isso em uma palavra descrevo como orgulho, aprender abriu um mundo de novos oportunidades, descobrimentos e aquisição de conhecimento. 
Meu primeiro contato com atividades de leitura e escrita, foi através de livros de histórias, eu adorava escrever, no caso copiar até hoje gosto, adorava o caderno de caligrafia e copiar os pequenos textos do livro que vinha de lição de casa com atividades, já às atividades que eram passadas na sala era sempre uma temática (letra, palavra, frase, trecho de história) e assim era trabalhado durante a aula, afirmo que no período desse processo ensino-aprendizagem de leitura e escrita, a professora usou dos métodos tradicionais para ensinar, em que as aulas são centradas no professor e o método silábico também foi usado para aquisição da escrita e da leitura. 
Minha alfabetização ocorreu através de memorização e repetição, por meio do método sintético, e se tratando da ordem e do planejamento da sala e professora acredito que eles foram propício para melhor aprendizagem e só veio contribuir nesse processo escolar, a minha querida professora foi um incentivo, acredito eu que para todos os demais da minha turma, mesmo que dentro de métodos tradicionais não deixou de expressar seu carinho por seus alunos, ela transmitia um sentimento bom, mas que também passava segurança aos seus alunos, tornando mais prazeroso esse processo de aprender, possivelmente, a professora teve dificuldade em me ensinar, por minha dificuldade de se relacionar, o silenciamento afetava em minha aprendizagem, deixando sempre dúvidas constantes, tornando assim difícil a relação professor-aluno, tal silenciamento que ainda hoje é refletido aqui no ensino superior. Não sei dizer o que eu não gostava nesse período, exceto a parte de estudar de manhã, para mim foi e sempre será o melhor período escolar que eu tive, e hoje vejo e percebo como aquele foi os melhores momentos da minha vida na escola. Tenho a conclusão que de fato não tive pais tão presente em minha educação escolar, e que mesmo apesar disso sempre foi uma aluna boa na escola, acredito que isto me afetou sim de alguma forma mesmo que não visível, o presente trabalho me fez recordar algumas coisas não muitas mas o essencial, é claro que algumas não muitos legais, mas existem experiências que mesmo não muito agradáveis contribui para nosso crescimento, e para mim mesmo com dificuldade pra lembrar esse memorial me fez pensar mais no meu processo de ensino-aprendizagem e acredito que contribuirá e muito em meus posicionamentos e atitudes quanto professora/educadora.


Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino. 

Paulo Freire

Memória de Educação Infantil I

RELEMBRANDO MOMENTOS MARCANTES E SIGNIFICATIVOS QUE FEZ E FAZ PARTE DE MINHA CONSTRUÇÃO.


Dando início a esse relato de memórias, para começar digo que a educação infantil foi a melhor fase da minha vida, ter a oportunidade de fazer esse memorial me faz perceber que a criança/infância faz parte de nossa construção enquanto seres inacabados, pois sempre temos algo para aprender, e isso tudo é para um processo de construção. Tenho memórias maravilhosas sobre minha infância, e tenho certeza que isso não me impediu de ter momentos incríveis dos quais contribuíram para eu ser quem eu sou hoje, minha infância como eu disse foi a melhor parte de minha vida, mas crescer faz parte da vida, e sempre existirá uma criança dentro de nós.
Quando criança tive uma infância maravilhosa, muita diversão e brincadeiras, lembrar-me desse tempo faz que eu perceba que eu pude e fui livre para ser criança, apesar de alguns momentos em que fui privada, por circunstâncias da vida, digo que foi e sempre será os melhores momentos da minha vida. Tempo em que a gente não precisava de tantas responsabilidades e obrigações a cumprir, sem falar nas preocupações que era coisas meramente simples, cada machucado, brincadeiras altas horas na rua contribui para o meu crescimento e amadurecimento.
Se tratando de memórias sobre a infância de ruins às boas sempre temos, posso dizer que o meu ambiente em que eu cresci foi livre e ao mesmo tempo limitado, ficava eu e meu irmão em casa quando não estávamos na escola, mas sempre tinha alguém para cuidar da gente. Acredito que em questão do ambiente preparado não tinha muita importância para os meus pais, tenho para mim que eles não tinham esse olhar para minha infância, até mesmo pela ausência que era muito grande. Agora, os momentos bons que eu sempre lembro de minha infância não era só as brincadeiras e diversão a rua, era também as excursões que tinha na escola, era sempre momentos de um misto de sentimentos, era ansiedade e alegria tudo junto ao mesmo tempo. 
Minha infância na escola apesar de ser regida pela tendência tradicionalista, teve sim muitos momentos em que foi potencializado o papel da infância somente por meio de brincadeira e diversão, mas sempre foi um ambiente preparado para receber nós crianças, a escola de fato contribuiu e ajudou muito nesse processo de construção como criança/infância. Hoje, ainda vemos que assim como já era vivenciado, isso é muito atual quando se trata da pressão em que as crianças sofrem por parte dos pais quererem projetar nos filhos aquilo que eles não obtiveram, então faz da criança uma possibilidade para se realizar e satisfazer um desejo seu.
As pessoas, tanto da escola quanto da família, que estão totalmente ligado a criança, precisam voltar seus olhares para dar importância a ela e entender que de fato não se trata de um ser vazio e sem conhecimento. É  necessário pensar que o ambiente seja preparado e propício para a criança/infância, já que a criança precisa ser uma agente ativa e é de suma importância na segurança que esse ambientes passam para ela, pois tudo isso faz parte da construção dela como ser ativo dentro da sociedade.   
É desde criação que se inicia o processo de construção e compreensão do educação da infância, e sendo assim, os ambientes de vivências e experiências vão influenciar nesse processo, a criança não é um ser passivo que estar ali só para brincar, mas, também aprender e mostrar o que sabe pois são detentoras de um conhecimento imaginável no seu mundo de infância. 
“Como podemos, com nossas mentes adultas, saber o que será interessante? 
Se você seguir a criança… pode descobrir algo novo… “. Jean Piaget

Memória de Investigação da Cultura Escolar I

UM OLHAR REFLEXIVO  SOBRE O PROTAGONISMO  DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Crislaine Dias
Karine dos Santos
Rosana Da Silva Santos Rocha


1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho é fruto de uma observação participante proposta pela disciplina de Investigação da Cultura Escolar I e Educação Infantil I como requisito obrigatório avaliativo das disciplinas no III semestre do curso de Licenciatura em Pedagogia.  As observações foram realizada em uma turma do Grupo 4 da Educação Infantil em uma escola municipal de Jequié. O principal objetivo desta pesquisa é analisar e refletir como é desenvolvido e potencializado o protagonismo e a autonomia dessas crianças da Educação Infantil nessa escola, tendo como referência Maria Montessori, pois seu modo de pensar nos apresenta caminhos significativos para uma formação mais autônoma da criança dentro e fora do ambiente escolar.  Segundo Montessori (1965)
Para ser eficaz, uma atividade pedagógica deve consistir em ajudar as crianças a avançar no caminho da independência; assim compreendida, esta ação consiste em iniciá-la nas primeiras formas de atividade, ensinando-as a serem autosuficientes e a não incomodar os outros. (MONTESSORI, 1965, P. 53)

Dessa forma, veremos que essas práticas pedagógicas são maneiras objetivas de promover dentro da sala de aula ainda na Educação Infantil o avanço da criança nos diversos aspectos. Sendo estas práticas, os caminhos que o educador deve proporcionar para que a criança consiga alcançar o seu objetivo e se desenvolver adequadamente.  Contudo, percebemos que a principal preocupação de Montessori é o desenvolvimento da criança de maneira autônoma como protagonista nas situações de aprendizagem, cabendo ao professor neste processo ser um facilitador da evolução de cada aluno. 


2. ANÁLISE 

Durante um período de 10 dias imersos na rotina da  escola através de uma observação participativa e pesquisa realizada  na instituição e também através de materiais cedidos pela direção, foi de onde extraímos recursos para elaboração deste trabalho. Os instrumentos de produção dos dados são baseados em observações das interações das crianças com o contexto educativo, produzidos a partir da inserção em uma turma de quatro anos de uma escola municipal. Temos como principais sujeitos às crianças, e tomamos as medidas éticas de respeito e compreensão das especificidades que preservam a integridade desses sujeitos. Assim, investigamos as interações das crianças no espaço escolar formal, pautadas nos aportes Teóricos de Maria Montessori centrados na investigação das experiências das crianças como protagonistas. Na presente pesquisa, considerando os objetivos que movem a observação, a qual está centrada na investigação das experiências das crianças como protagonistas, nos ancoramos nos preceitos da pesquisa qualitativa também, por entendermos que nos dá subsídios a nossos propósitos investigativos que tem como lócus o espaço educativo, lugar que ocorre o processo dinâmico, interativo das relações humanas. Os principais sujeitos participantes desta pesquisa são as crianças que compõem uma turma  de quatro anos de uma escola municipal, localizada na cidade de Jequié. Essa opção se fez necessária dentro dos propósitos desta pesquisa. Também, por reconhecermos que as crianças são sujeitos sociais de pleno direito e competentes .
De acordo com Montessori (1972) 
o primeiro passo da educação é prover a criança de um meio que lhe permita desenvolver as funções que lhes foram designadas pela natureza. Isso não significa que devemos contentá-la e deixá-la fazer tudo o que lhe agrada, mas nos dispor a colaborar com a ordem da natureza, com uma de suas leis, que quer que esse desenvolvimento se efetue por experiências próprias da criança. (MONTESSORI, 1972, p. 82) 

Desta forma, compreender a criança protagonista remete-nos a entendê-la como sujeito ativo e produtora de cultura.  A instituição de Educação Infantil é um espaço de criação das culturas infantis, a criança é protagonista nesse sistema de relações e trocas com os demais sujeitos, que as possibilita viver experiências ricas e diversificadas em interação com a realidade social, cultural e natural. Vimos que na escola, muitas vezes em nome da “atividade” - ação considerada pedagógica, a criança é silenciada na sua capacidade de participação, não permitindo que ela se expresse e que se envolva em processos criativos, cumprindo apenas tarefas.  Para Montessori, (1972, p. 83) a educação não é somente aquilo que os professores ensinam às infâncias (sem fala), mas também de um processo espontâneo e coletivo em que incorporam e aprendem na sua forma e no seu próprio tempo. As crianças aprendem também por estímulos do ambiente, cabendo aos professores não apenas transmitirem o conhecimento, mas se disporem a preparar uma série de atividades, levando em consideração o contexto em que vivem e o pensamento da criança. Nas palavras de Montessori (2010) 

a educação não deve ser mais e principalmente transmissão de conhecimentos; é preciso que ela se oriente numa nova direção, que ela procure desenvolver as potencialidades humanas. [...] É aqui que começa uma nova orientação na qual não será mais o professor que ensina tudo a criança, mas a criança constrói esse conhecimento sendo mediada pelo professor.  (Montessori,2010, p. 8-9)



3. CONCLUSÃO

A partir da observação podemos destacar os diversos fatores relacionados à escola, dentre esses dias tivemos contato com a professora e os alunos, podemos observar a rotina da sala de aula, as atividades propostas pela professora, a estrutura que não condizem para o avanço e rendimento dos alunos, se falando tanto de sala de aula quanto da escola em si. Um dos maiores desafios perante os quais se coloca a educação infantil hoje, é compreender que a construção do conhecimento pela criança necessita de um contexto social e um ambiente pedagógico rico de experiências para as crianças, que desafie e promova a sua participação. O conhecimento não está dado através de modelos, pelas repetições e produções de tarefas, mas é construído por meio das relações e interações educativas - pedagógicas estabelecidas entre e com as crianças, favorecendo a sua elaboração e expressão através das diferentes linguagens.  A autonomia e o protagonismo fazem parte dos processos educativos interdependentes e formativos, que hoje se dissociam da ideia de posse do saber, aliando-se à capacidade de aprender por meio da autocrítica, do recriar-se constante. Trata-se de aprender a (re)interpretar o mundo a partir da valorização das experiências diferentes das crianças, o que implica na possibilidade de se colocar no lugar do outro e sensibilizar-se através do diálogo, enquanto autocriação e resistência ao mundo de incompreensões. Vimos na unidade escolar crianças com potencial enorme para fazer essa etapa do ensino ser muito mais produtiva, no entanto não são tantas despertadas para essa prática. Todo o material que são trabalhados ali já são entregues prontos para aqueles discentes , o que torna muitas vezes as atividades desinteressantes. Na maioria do tempo as crianças ficam apáticas por só ficar sentada e com quase nada para fazer. Em relação a isso Montessori enfatiza: 
“... o adulto deve adaptar-se às necessidades das crianças e torná-la independente, não sendo para ela um obstáculo e não a substituindo nas atividades que permitem o processo de maturação...” (MONTESSORI, 1989: p.161)

A criança tem o papel de observar, construir, atuar, independente da intervenção imediata de um adulto. O professor mediador deve deixar a criança livre para agir, criar, manusear o material trabalhado, intervindo somente quando necessário, transmitindo confiança, afetividade, segurança, valores sociais, fazendo com que esse relacionamento seja formativo e afetivo.





4- REFERÊNCIAS:

MONTESSORI, M. M. Apresentação. In: Congresso Brasileiro de Educação Montessoriana, 1, São Paulo, 1974.. Anais do 1º. Congresso Brasileiro de Educação Montessoriana. São Paulo: CBEM, 1974.
______________, Maria. Pedagogia Científica: a descoberta da criança. São Paulo, Flamboyant, 1965. 
______________, Maria. Mente absorvente. Rio de Janeiro: Portugália Editora (Brasil), 1961.
_____________,  MONTESSORI, Maria. A Descoberta da Criança – Pedagogia Científica. Tradução Pe. Aury Maria Azélio Brunetti. São Paulo: Kírion, 2017

Memória de Alfabetização

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